31 janeiro 2007

Para que tudo fique claro

Uma pessoa amiga do Paulo disse-lhe há dias que, ao ler o meu blog, ficara com a ideia de que "parece que ela faz tudo sozinha". Perguntei-lhe que resposta tinha dado e ele respondeu que tinha ficado em silêncio.
Não ouvi a frase, nem a entoação com que foi dita, mas a sua leitura tem várias interpretações possíveis.
Pode ter sido dita no sentido de "olha, não a ajudas a fazer nada?", assim como que uma censura, como também no de que eu só destaco o meu trabalho para ficar com os louros todos. Uma outra interpretação possível seria a de um elogio mas, nesse caso, e porque o conheço, a resposta não teria sido o silêncio. Acima de tudo, havia alguma mágoa na forma como ele me transmitiu aquela frase e daí este esclarecimento.
Quanto à primeira hipótese, há que esclarecer que o Paulo sai de casa às 7h30 da manhã e só volta pelas 20, salvo nas semanas em que eu trabalho e nas quais, prefere esperar para vir para casa comigo. Ora, eu saio às 21 horas (e às vezes mais tarde do que isso) e não é a essas horas que vamos para o jardim. Pode facilmente concluir-se que se ele não me ajuda é porque não pode.
Com tanto tempo que tenho para o jardim, salvo raras excepções é que o trabalho ao fim-de-semana. Ele também tem direito ao descanso e esses são dias em que posso dar-me ao luxo de gozar a sua companhia. Portanto, é só nas férias que trabalhamos juntos naquele espaço e bem noto o gosto que ele tem em me agradar.
Quanto à segunda hipótese, não "enfio o barrete". Já referi que a ele devo o facto de, hoje, a parte leste do jardim só existir devido à ajuda que ele me deu a construí-lo. Até aí nada mais era do que uma selva. Foi ele que transportou em braços os pedregulhos que contornam os jardins; foi ele que construiu a parte do caminho da avenida e reconstruíu o muro em frente das ruínas e a ele devo o miradouro com que tanto sonhei. No jardim em frente da casa há o caminho de pedra e telha, feito por ele, como fiz questão de dizer no respectivo post. Recentemente, até tive o cuidado de mostrar a "escultura" que ele fez com recurso a calhaus pintados. Tudo isso foram trabalhos feitos em férias.
Não tenho por hábito colher louros que me não pertençam e a prova está bem patente no caso dos pneus pintados, que poderia ter apresentado como ideia minha, mas que tive o cuidado de referir ter sido inspirada num blog australiano, que só por grande coincidência alguém descobriria.
A verdade, no entanto, é que é quase ausente a presença do Paulo neste blog. Por duas razões: a primeira, porque aqui se mostra o que está a ser feito no jardim, trabalhos em que, pelas razões já apontadas, ele só raras vezes participa.
A segunda, porque a dada altura, por um comentário feito no blog, me pareceu que ele não queria ser referido neste espaço. Na resposta escrita que lhe dei então, garanti-lhe que nunca mais me referiria a ele. Costumo cumprir as minhas promessas e só voltei a mencioná-lo na altura em que o vendaval nos levou as tendas, não só pelo esforço que ele fez para as salvar, debaixo de trovoada, como pela tristeza que lhe vi no rosto e pela noção de que ele não se importaria de ser referido. Não estive no espectáculo de fim-de-ano, não fui eu que tirei a foto dele a cantar e não é por acaso que ela aqui está.
Tenho a perfeita noção de que me exponho neste blog e, também, a de que não tenho o direito de expor quem cá não quer ser mencionado. Não é por acaso que raras vezes falo dos meus filhos e da minha família e que nunca mostrei alguns dos quartos da casa. Pode parecer o contrário, mas há muita coisa omissa neste blog, no que à minha vida diz respeito, porque envolve outras pessoas.
Voltando à questão inicial, tenho de concluir que, INFELIZMENTE, faço quase tudo sozinha. Bem que gostaria que assim não fôsse, de ter dinheiro para pagar um jardineiro e uma empregada, mas a verdade é que se não aproveitar o tempo que tenho - e que é muito - não teria o jardim no estado em que está. Mas também é verdadeiro que passo as semanas de folga literalmente metida dentro de casa, para poder tê-la como me agrada e que lhe dedico grande parte das manhãs, mesmo nas semanas em que trabalho. Por uma questão de gosto pessoal. Adoro estar em casa e tratar do jardim. Para mim, tudo isso é um prazer. Não uma obrigação. Não tenho o direito de exigir o mesmo dos outros!
Confesso que gosto de mostrar o resultado dos meus trabalhos, mas saliento que partilhar este espaço foi, desde o início, o objectivo principal que tracei. Está bem patente no cabeçalho.
Se daí transpira aquilo que sou e faço é a lógica natural da vida. Entristece-me que o meu trabalho possa causar em alguns a noção de que pouco fazem ou são capazes, mas isso só resulta de essas pessoas fazerem comparações que não podem ser feitas.
Não são essas as razões principais deste blog!
A meta foi dar aos outros um pouco de prazer e agrada-me ver concretizado esse sonho. Espero tê-lo conseguido!

Mais alguma dúvida?

26 janeiro 2007

crenata



Esta é uma crenata.
Já tive um exemplar noutra parte do jardim, mas morreu. Estava muito exposta ao sol e, talvez por isso ou pela falta de água, acabou por desaparecer.
Acho piada a esta arvorezinha, com as suas bolinhas vermelhas.
Desta vez, plantei-a à meia sombra, por baixo das iucas que estão no início da avenida. Mais precisamente, no canteiro das bromélias e da roxinha, outra árvore que adoro.
Vamos lá ver se resiste!

O que serás?

Não sou mulher de presentes, de coisas, mas há dádivas que me enchem de alegria.
Esta é uma delas. Estou a falar desta planta de folha larga, verdinha, junto ao feto (de que falei anteriormente).
Apareceu por acaso. Vi-a despontar, perguntei de onde vinha, o que era, mas nada respondeu. Deixei-a ficar, naquela minha teoria de que tudo o que nasce espontaneamente, é mais resistente.
A planta, seja lá o que for, parece que não me irá desapontar. Ou bem me engano ou será uma "haste de S. José". De uma coisa tenho a certeza: seja lá o que for, vai dar flor e eu cá estarei para ver (espero!...).
Não deixa de ter piada que tenha nascido junto ao feto e à plantinha voadora do vizinho, de que falo no post anterior.
Veio pelo mesmo mensageiro. Três prendinhas de uma vez, como que para me dar força, me animar, nestes últimos tempos conturbados.
Deus lá sabe com que linhas escreve as suas mensagens.

presentes de Deus

Há muito tempo que andava a interrogar-me sobre o que seria esta plantinha de folha fina, que me apareceu no jardim da avenida sem que eu a plantasse.
Percebi logo que não era uma erva daninha, mas o que era, não havia maneira de adivinhar.
Até que ontem percebi. No terreno abandonado do vizinho de cima há esta planta, (na foto grande) que começou a dar flor.
Ou bem que foi o vento ou algum passarinho que trouxe uma sementinha para o meu jardim.
É engraçado que sempre gostei daquelas florinhas delicadas, mas nunca pensei em ter uma no meu recanto. Contentava-me em ir espreitando a do vizinho, à espera que desse flor. De certa forma, acaba por alegrar-me a vista.
Pois bem! Acho que Deus deve ter achado que também merecia uma e lá mandou mensageiro entregar-me o presente.
Está entregue! Cuidarei bem dela! Pelo menos não a estragarei, que cuidar de si mesma, sabe ela muito bem. A do vizinho que o diga!
Ah! E já agora, com o feto aconteceu o mesmo. Também foi presente de Deus. É bem bonito e, desde que o vi, tenho-o tratado com todo o esmero, na esperança de que não morra. Agora, como as duas são plantas grandes, vou ter de deslocar o feto para outro lado. Esperemos que resista ao transplante!

25 janeiro 2007

Bolinho!!!!

Há quanto tempo não fazia um bolinho!!!
O tempo de chuva e frio fez-me lembrar o calorzinho da cozinha e lá fui eu, toda lançada, fazer um bolo de bolacha. ADORO!!!
Ainda consegui ir lá fora, depois do almoço, dar uma limpeza no caminho, lavar a parte das mesas, por baixo da anoneira grande, mas o frio não convidava nada a lá estar.
Já tinha os pés gelados, as calças molhadas, pelo que decidi parar com os trabalhos da jardinagem.
Foi aí que me lembrei das bolachas que tinha comprado há tempos, especialmente para fazer este bolo.
Mãos à obra e cá está ele!
Huuuummmm! Já tenho água na boca!

o canteirinho estreito

Este é o que eu chamo o canteirinho estreito. Fica no lado leste, a sul do caminho de pedra, junto à rede, logo a seguir ao canteiro das malvas.
Arranjá-lo foi o meu segundo objectivo cumprido de ontem.
Limpei a zona onde está o cróton de folha vermelha de algumas das campaínhas que ocupavam todo o espaço, por baixo das duas iucas macho, e plantei uns galhinhos de margaridas.
No outro lado, limitei-me a sachar a terra, tirar as daninhas, plantar algumas raquéis na bordadura e podar as duas margaridas que lá existem.
É neste espaço que, no ano passado, plantei as dálias. A roxa e a pom-pom, branquinha. Os bolbos lá ficaram. Sempre quero ver se, em Junho, florescem novamente.
À esquerda, numa das fotos altas, vê-se o molho de bálsamo que retirei do muro do canteiro das margaridas, por baixo da anoneira (que podem ver num post que coloquei antes deste).
E, como também podem reparar, há que varrer tudo isto.
É só esperar que a chuva acabe!








abri o espaço

A poda que dei ontem à anoneira tem dois efeitos: para além de permitir que o sol entre mais nestes dois recantos do jardim - o canteiro das margaridas e o das bromélias e cachopas, que se vê em primeiro plano - permite ter uma visão mais alargada do jardim.
Agora, todo o conjunto até à zona das cadeiras vermelhas é mais visível.
É certo que não se vislumbra a avenida, os jardins que a ladeiam e o miradouro. Não se vê, aqui nas fotos, toda a parte sul, onde estão as malvas, a dracaena e tudo o resto que mostro no post seguinte.
Mesmo assim, já ficam com uma ideia melhor deste lado.
Hoje tinha previsto arranjar o espaço das bromélias e cachopas, por baixo da anoneira, só que a chuva está a estragar-me os planos. Tive sorte, logo de manhã, de ainda ter conseguido tirar estas fotos num pequeno estio que deu.
Quem ganhou foram os meus visitantes, visto que a chuvada obrigou-me a ficar em casa e, assim, tive tempo para vos mostrar tanta coisa.
Está mesmo tempo para se contar histórias e, no Continente, com o frio que está, espero que apreciem os "contos" que tenho hoje para vos contar.
Podem ampliar as fotos, dando-lhes um clique em cima, com o rato. Sempre vêem melhor!
Divirtam-se!




margaridas ou malmequeres

Este é o canteiro das margaridas (às vezes, chamo-lhes malmequeres), que ontem andei a arranjar.
Fica por baixo da anoneira pequena, embora não tão tapado pelos ramos como o canteiro das cachopas e das bromélias, que fica à esquerda deste.
Apesar disso, a verdade é que os ramos da anoneira se tinham estendido e, talvez por não se darem bem com a sombra, as margaridas nunca mais davam um ar de sua graça.
Já as tive num canteiro que fica por cima deste, na parte de trás, e davam belas flores. Estão a ver? Aquele onde agora tem umas malvas. Era mais solarengo!
Mudei-as cá para baixo para fazer um jardim só com elas e o resultado nunca mais se via.
Não é tarde, nem é cedo. Não há mal que se não resolva!
Podei os galhos da anoneira que ficavam por cima do canteiro, limpei as daninhas que estavam a ganhar espaço, retirei o bálsamo, que pendia sobre o muro e chegava ao caminho e plantei lá atrás, mais à sombrinha da árvore, um daqueles corações que tenho em frente da loja. Se se der bem aqui, não tarda nada tenho um recanto com um coração alto ao fundo e as margaridas à frente.
Falta arranjar o muro de suporte. Com o peso do bálsamo que ali estava, foi-se desmoronando. O Paulo diz que o arranja no fim-de-semana.
Assim fica arranjado mais um dos pedacinhos do jardim. É a vantagem de ter dividido este lado leste em pequenos retalhos. Cada espaço fica com o seu cunho próprio e, além disso, torna-se mais fácil de arranjar.
Só que o trabalho não está terminado. Vêem aqueles sacos pretos? Estão cheios das ramadas e ervas que retirei. Como começou a chover, não tive oportunidade de os retirar dali. Hoje ainda chove mais. Pode ser que dê uma aberta de tarde, o que me permitiria tirar os sacos e varrer o caminho.
A ver vamos. Se não for hoje, há-de ser quando for possível. É preciso é calma e não é aquilo que me vai tirar o sono!

canteiro das malvas


O meu primeiro objectivo de ontem era podar as malvas, que já estavam a invadir tudo, de modo a poder ver-se estes arranjos feitos com pedaços de telha partida. Se viram o blog desde o início, devem ter notado o mês em que arranjei estes espaços, não só para dar alguma graça ao jardim, como para aproveitar pedaços de telha velha que havia nas ruínas.
Pois bem. Aqui está o resultado dos trabalhos de ontem nesta área.
Agora, a dracaena, esta pequena palmeirinha, já aparece em todo o seu esplendor. Andava meio escondida não só pelas malvas, como pelas folhas vermelhas que a ladeiam à direita e pelas bananilhas, que ficam junto à rede e que se estavam a multiplicar para estes lados.
No outro lado das malvas há o outro recanto de telhas, onde se encontra um arbusto que dá umas florzinhas cor-de-rosa. Também andava meio escondido. Aliás, ainda tenho de arrancar aquela bananilha que o está a tapar um pouco.
Lembram-se do vídeo onde tentei mostrar esta parte do jardim, que acaba no momento em que eu estava a arrancar um "amor-de-burro"? Pois bem, era aqui.
Como podem ver, agora já se pode ter a noção do conjunto. As malvas ficam a meio. Atrás, as bananilhas. No lado esquerdo fica o arbusto e o arranjo das telhas e, no lado direito das malvas, a dracaena, as plantas vermelhas e os malmequeres.
A pedra basáltica, típica da Madeira, também ganhou destaque.










Sonhando...


Estava eu aqui a escrever e comecei a ouvir um barulho anormal. Conheço todos os ruídos da casa e facilmente identifico algo de estranho. Pé-ante-pé, para que não se extinguisse com a minha chegada, fui-me dirigindo para o local de onde vinha aquele som. Conforme me ia aproximando da porta, comecei a desconfiar o que era. O ronco do Sad! Nunca o tinha ouvido roncar daquela maneira e comecei a sorrir, já a adivinhar a cena.
Como está chuva e a Sweet se entrincheirou na loja com os filhotes, local que o Sad sempre usou quando chove, o desgraçado viu-se escorraçado do seu aconchego. Já adivinhando que, teimoso como é, se recusaria a ir para outros sítios onde pode ficar abrigado da chuva, coloquei, esta manhã, o guarda-sol em frente do degrau onde se costuma deitar.
Ele, pelos vistos, apreciou IMENSO! Como alguns dos respingos ainda lhe devem cair no focinho, escondeu-o no degrau de cima.
Com tamanhos luxos não haveria ele de estar a sonhar... com a loja... ou com alguma praia solarenga, sabe-se lá!

A dura (nem sempre!!!) realidade

Um dos preços que pago para ter o jardim que tenho é este: como não têm terra onde fazer as suas necessidades, porque tive de vedar o jardim, os cães vêem-se obrigados a fazê-lo no cimento.
Tudo bem! A questão é que parece que se vingam. Com tanto espaço que há para o fazerem, não escolhem melhor sítio do que o da passagem.
Isso implica que tenha de andar sempre a limpar a porcaria que fazem. É uma das tarefas da manhã, mas à tarde já há mais "presentes" para limpar. Não é só retirar os cocós. Há que lavar de mangueira todo o espaço, desde a frente da casa até à zona da loja e do estendal que lhe fica em frente e onde não me faria qualquer confusão que fizessem todas as porcarias que lhes passassem... pelos intestinos.
Mas não! Este é o corredor da loja. Cá estão uns presentinhos.
Depois, dá-lhes umas manias esquisitas. A Sweet, durante uns tempos, entendeu que havia de usar a zona das cadeiras azuis como WC privado. Mesmo com as cancelas, lá conseguia esgueirar-se por entre o entrelaçado da porta e pumba! Acabou por ficar com uma ferida nas costas e sem pêlo nos lados. Tivemos de colocar uma rede.
Não ficou satisfeita! Passou a fazer os "presentes" mesmo em frente das cancelas da entrada. E, claro, o Sad, solidário, lá passou a fazer o mesmo.
Sempre que chegamos a casa é preciso olhar primeiro o chão, para ver se está "minado".
Mas o Sad ainda tem outra! Acabo de lavar o chão e lá vai ele marcar terreno.
Hoje, de manhã, acabei de lavar o corredor e lá apareceu ele no seu poleiro, para ver em que fase andavam os meus trabalhos.
Está assim com um ar como que a disfarçar, mas eu já lhe conheço a pinta toda! Neste momento em que estou a escrever, não me admirava nada que já tivesse ido fazer das suas!
"EU???!! Era lá capaz de fazer uma maldade dessas?", parece dizer esta cara de anjo.
Sim, sim, como se eu não te conhecesse!!!!!








A outra parte da verdade

Ora bem! Hoje vamos lá tirar essa ideia da super-mulher! Como podem bem ver pelas imagens, bastou uma semana sem vir para o lado leste do jardim para que esta parte ficasse cheia de lixo.
São folhas, anonas que caem de maduras, a flor da nespereira que se vai espalhando pelo chão, junto às cadeiras vermelhas e que o vento se encarrega de multiplicar por todo o lado e mais algumas ervas daninhas que só estão à espera de que eu me distraia um pouco para aparecerem sabe-se lá de onde.
É claro que fico com o coração partido quando vejo estas cenas, mas a verdade é que tenho de optar. Ou bem que venho para este lado, ou para o lado do portão. Ou bem que arranjo os canteiros do portão, ou o da frente da casa. É esta a realidade e não me mato a pensar no que está para fazer. Quando puder, lá chegarei!
Garanto-vos! É raro conseguir ter tudo pronto e limpinho ao mesmo tempo.
A ideia com que têm ficado de que consigo fazer tudo, resulta, pura e simplesmente, do facto de vos mostrar parcelas do jardim. Normalmente, as que acabei de arranjar e cujas novidades quero mostrar.
Só conseguiria ter o jardim sempre arranjado se tivesse um jardineiro, ou se estivesse sempre em casa, mas a semana em que trabalho obriga-me sempre a abrandar o ritmo da limpeza do jardim.
É verdade que algum do abandono a que o jardim esteve votado nos últimos meses se deveu a um certo desconsolo que me invadiu a partir de Setembro, quando o Paulo ficou desempregado e quando, pouco tempo depois, veio o vento e destruíu as tendas todas. Custou-me ver tanto trabalho ir para o charco de um momento para o outro e isso fez com que, até há pouco tempo, tivesse abrandado os trabalhos.
Posso parecer sempre feliz, mas a verdade é que a casa reflecte sempre o meu estado de espírito, que não tem sido dos melhores.
O Paulo já tem emprego e o meu ritmo recomeça a ganhar forma.
O jardim já estaria mais arranjadinho se não tivesse, agora, o trabalho acrescido com os cachorrinhos. É uma hora a menos que tenho, de manhã, para tratar do jardim, pois não basta apenas dar-lhes de comer. Há que lavar a loja toda, onde ficam durante a noite e ir vigiando o Sad, que parece parvo com os cachorrinhos. Fica assustado quando algum deles se aproxima para brincar com ele. Foge, mas também lhes ladra com ar agressivo. Logo, sempre que oiço os cachorrinhos a ganir, lá tenho de deixar o que estou a fazer para os proteger.
Ontem arranjei uma solução: coloquei barreiras para que os cachorrinhos não viessem para o lado onde estava o Sad.
É nestas andanças que vou fazendo a vida da quinta.
Mas já vos mostro mais um dos aspectos escondidos de toda esta beleza! Sim, que nem tudo são rosas! Ora vejam lá a "dura (nem sempre) realidade" e já percebem.

24 janeiro 2007

Aguardem para ver a flor

Esta ramagem verde está a aprontar-se para dar as suas flores vermelhas, muito bonitas. Costumam aparecer nesta altura. Estas plantas adoram água, pelo que se desenvolvem melhor na altura de inverno, quando a chuva lhes dá tudo o que precisam. Este ano, com a falta de chuva (que, por acaso, chegou hoje ao fim da tarde) está atrasada na floração e só se apresenta com este aspecto devido às regas que lhe tenho dado. Fica ao lado da buganvília vermelha, no primeiro canteiro que se encontra na entrada, junto ao portão.
Foi a última foto que tirei antes de ir para o lado leste do jardim, onde estive boa parte do dia. Dei um bom avanço naquele lado, mas ainda falta muito para fazer.
Amanhã, se não estiver a chover, tiro umas fotos para verem a mudança.

buganvília em flor



antúrio branco


Hoje, antes de ir para o lado leste do jardim (como ontem garanti que ia), resolvi tirar umas fotos do lado oeste: corredor de entrada de peões, arbusto flamejante, buganvília e, como aqui se pode ver, o antúrio branco que minha mãe me ofereceu o ano passado e que estava num vaso.
Coloquei-o, há dias, no chão e parece ter gostado. Começou logo a dar flor. Parece que andava sequioso de espaço para se desenvolver!
Se se der bem aqui em cima (estamos acima da cota 200) e ficar como os que a minha mãe tem no jardim dela, há-de ficar enorme, espalhar-se neste terreno e ficar LINDO!!!!!
A ver vamos!

heras


A hera que mostrei há dias tem, também, estas folhas branquinhas. São raras, mas aparecem aqui e ali.
Podem não ser flores, mas agrada-me a variedade que assumem. Tal como as flores, acabam por decorar o jardim.
No lado esquerdo da foto pode ver-se a outra hera, de folha sempre verde e mais pequena do que a da branca.
Ah! A data da foto, hoje, está correcta, tal como outras fotos que coloquei hoje nos posts anteriores do "em trabalhos" e do "arbusto flamejante".

colunas de hera


Este é o aspecto das trepadeiras do corredor. Ontem já vos mostrei um dos tipos de trepadeira, mas esta da esquerda, de folha mais miúda, também é outro dos invasores do jardim. É de folha mais pequena e verde, mas estende-se por tudo o que é canto. Se a deixarmos, cobre paredes, o terreno das flores e até trepa a árvores. Já me matou uma nespereira pequena, que tinha junto às cancelas.
Apesar disso e como podem ver, o efeito de colunas ladeando o corredor é bonito.
Pelo menos para mim.

23 janeiro 2007

arbusto flamejante



Não sei o que deu neste arbusto, plantado atrás do araçaleiro! Andava meio vai que não vai para morrer, deu-lhe um fungo, as folhas andavam com cinza. Sei lá!

Borrifei-o com um fungicida aqui há uns tempos atrás e aí vai ele!... Começou a crescer até dizer chega!

Já tentei reproduzi-lo plantando uns raminhos, mas não deu nada! Se calhar foi por estar doente, nessa altura.

Se alguém souber como é que se pode reproduzir este arbusto, é favor dizer. Senão, vou ter de o tirar daqui e plantá-lo noutro lado. Há-de pegar! Aqui já está a invadir tudo. Não pode ser!


PS: Não liguem muito à data que aparece nas fotos. Como tiro as pilhas da máquina e nem sempre actualizo a data, quando as recoloco, aparece a data de uns dias atrás. No meu blog, quando coloco o rato levemente sobre a foto, aparece a data real. Não sei se acontece o mesmo no vosso.
De qualquer forma, as fotos são, geralmente, dos dias em que as coloco no blog. O objectivo é reproduzir o momento actual, para se ver como está o jardim, que flores florescem nessa altura, etc.